Exercícios físicos podem ajudar no tratamento da artrose?

A artrose, também conhecida como osteoartrose ou osteoartrite, é uma doença que provoca um processo degenerativo e progressivo que agride a cartilagem articular que reveste as estruturas ósseas e o osso subcondral. 

Existem alguns fatores de risco que influenciam nesse processo fisiológico e patológico,  como idade avançada, obesidade, má postura, permanecer muito tempo na mesma posição, excesso de sobrecarga articular, atividade física de alto impacto sem orientação adequada, formação óssea, lesões articulares, profissões com movimentos repetitivos, fatores endócrinos, genéticos entre outros. É importante ficar atento aos primeiros sinais: dor, falta de firmeza, estalos nas articulações, rigidez e limitação dos movimentos.

De acordo com os dados divulgados pelo Organização Mundial da Saúde (OMS), a artrose atinge 15 milhões de pessoas no Brasil. A maior incidência é entre mulheres com faixa etária de 40 a 50 anos e tende a piorar com o avançar da idade, acometendo cerca de 70% a 80% da pessoas acima de 65 anos. 

A doença é considerada a terceira causa de afastamento de trabalho no Brasil, de acordo com o Ministério da Previdência Social do Governo Federal. A patologia é tão comum que representa de 30% a 40% de todas as consultas em ambulatórios de reumatologia, afastando 7,5% dos trabalhadores.

Um estudo sobre a prática de exercícios em indivíduos com osteoartrose mostrou que fazer atividades como tratamento pode ter um resultado bastante eficaz na melhora dos sintomas, melhora na função e mobilidade articular influenciando diretamente na qualidade de vida das pessoas portadoras dessa doença.

Porém, cuidado para não exagerar. Estima-se que o excesso de exercícios físicos será a causa de 45% dos casos de artrose no futuro. 

A artrose não tem cura, mas um trabalho multidisciplinar, envolvendo profissionais de educação física e fisioterapia, pode ser um grande aliado no tratamento, uma vez que os exercícios ajudam a fortalecer músculos ao redor da articulação, aumentando a amplitude de movimento, amenizando dores e retardando a progressão da doença.

Procure bons profissionais e garanta a melhora da sua qualidade de vida.

Autor: Allan Nunes - Bacharel em Educação Física - Pós Graduado em Reabilitação de Doenças Musculoesqueléticas.